quarta-feira, 6 de abril de 2011

Anánkê

Eu quero poder caminhar sob a guia do meu próprio caminho, cruzar as avenidas de idas-e-vindas do Destino, no grande retorno à Totalidade que eu, em minha Individualidade, só poderei compreender nos espelhos encontrados ao longo da jornada, um por um e por todos. Refletido em muitos encontro o Todo do qual Nada compreendo, senão a mera sombra que vislumbro em nuança, e nua ânsia, de desejos falhos e imperfeições. E que todo o meu medo seja trazido à tona, e que eu o ame como a mim mesmo, pois temo tudo o que sou. E que o outro não seja vil inimigo, só mais que apenas um vulto de pobre julgamento daquilo que mal faço a respeito de mim mesmo, formas vivas e mortas de mim mesmo. Não nos poupe, portanto, ó, Fatal Necessidade, da tua Inevitabilidade, se em ti, e somente em e por ti e não por qualquer outrem, em moira trama posso saber onde estou pra saber aonde vou pra saber o que sou.

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